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quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Por 59 votos a 21, Senado decide tornar Dilma ré em processo de impeachment.

Senado torna Dilma ré e processo de impeachment vai a julgamento.

O Senado aprovou, por 59 votos a 21, o prosseguimento do processo de impeachment contra a presidente afastada, Dilma Rousseff, na madrugada desta quarta-feira (10). Com isso, ela se torna ré e será submetida ao julgamento definitivo que decidirá se a petista cometeu crime de responsabilidade no cargo. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) não apresentou seu voto.
Esta será a terceira e última etapa do processo no Senado e vai decidir se Dilma perderá o cargo definitivamente ou será reconduzida à Presidência. As sessões de julgamento devem ser agendadas a partir do dia 23 de agosto.
O placar indica que há maioria suficiente para confirmar o afastamento de Dilma na última fase do julgamento. Serão necessários os votos de 54 senadores para tornar definitivo o impeachment.
Senado aprovou o prosseguimento do processo de impeachment de Dilma Rousseff
A votação que confirmou a continuidade do processo foi realizada ao fim de uma longa sessão no Senado - quase 17 horas -, iniciada na manhã dessa terça-feira (9), e comandada pelo presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Ricardo Lewandowski. A lei determina ao presidente do Supremo a condução das fases finais do processo.
A etapa concluída nesta madrugada é conhecida como "juízo de pronúncia" e equivale ao reconhecimento de que há provas suficientes para autorizar o julgamento da presidente. Mesmo julgada no processo de impeachment, Dilma não é ré perante a Justiça por não se tratar de crime comum.
A petista é acusada de ter cometido quatro crimes: a publicação de três decretos que ampliaram a previsão de gastos no Orçamento sem autorização do Congresso Nacional e pelas chamadas pedaladas fiscais no Plano Safra, programa de empréstimos rurais executado pelo Banco do Brasil.

Neymar não sabe o que é gol pela seleção há 11 meses e tenta reviravolta.

Ueslei Marcelino/Reuters
Neymar tenta evitar eliminação do Brasil na primeira fase da Olimpíada

Com 23 anos, Neymar já havia se tornado o quinto maior artilheiro de toda a história da seleção brasileira com 46 gols marcados. Os últimos meses do atacante com a camisa amarelinha, entretanto, invertem essa lógica, que será colocada à prova nesta quarta-feira, contra a Dinamarca, em Salvador.
O jejum particular do atacante é de sete jogos com a camisa da seleção, entre compromissos com a principal e as três partidas recentes pelo time Sub-23. Neymar não marca um gol desde 8 de setembro do ano passado, quando anotou no amistoso Brasil 4 x 1 Estados Unidos.
Se forem contabilizados somente jogos oficiais, o registro é ainda mais antigo: estreia na Copa América contra o Peru, em junho de 2015, em que Neymar fez o primeiro gol da vitória da então seleção de Dunga – ele ainda daria a assistência para Douglas Costa fazer o segundo naquela noite, no Chile.
Na Olimpíada, Neymar tem dado sinais de que a falta de gols mexe com ele. O atacante foi quem mais finalizou a gol na estreia contra a África do Sul e se dedicou pouco ao jogo coletivo. Algo que, no amistoso preparatório contra o Japão, já havia se evidenciado. Já diante do Iraque, o atacante buscou mais tabelas, arrancou menos com a bola e mesmo assim a equipe não funcionou. Ele, a rigor, foi bem menos perigoso que nas partidas anteriores.
A situação de jejum é absolutamente atípica para Neymar, que nunca passou tanto tempo sem fazer gols pela seleção. A escalada até os 46 gols alcançados no ano passado foi quase tão rápida quanto a de Pelé e fez com que ele deixasse jogadores históricos como Bebeto (39 gols), Rivaldo (34), Jairzinho (33), Ronaldinho (33), Ademir Menezes (32) e Tostão (32) para trás. 

BOULEVARD OLÍMPICO ATRAI MULTIDÕES

Praia de carioca, boulevard olímpico atrai multidões com saltos, voos e samba.

Boulevard Olímpico vira novo ponto turistico no Rio.














Turistas e moradores caminham na região.














Homem vendendo broches  no Boulevard, na praça Mauá.














Vendedor oferece fantasias para tursitas.














Com nariz de palhaço, mulher toca violino na praça Mauá.

Alguma coisa acontece no coração portuário do Rio. Uma não, várias. Num percurso de 3 km, é possível ter visões distintas do centro carioca: de ponta-cabeça ou nas alturas. Mais: de alegria, esperança e desespero.
O Boulevard Olímpico do Porto Maravilha é a maior vitrine olímpica da Rio-2016. E também de empresas.
A Skol colocou um balão panorâmico em frente à igreja da Candelária. Concorridíssima, a atração é um aperitivo de voo: são 15 minutos, num "cesto" com 25 pessoas, entre subir 150 m em linha reta, tirar umas fotos sobre a orla e descer. Passa longe da emoção de um voo de balão.
"Perdi um tempão até descobrir que não adianta ficar na fila", disse, desapontada, a empresária Carla Feitosa, 41, com o filho, Manuel, 2.
Não adianta. Para subir no balão, é preciso se inscrever pela internet. Já para saltar de bungee jump, é possível agendar, a partir das 10h, por ali mesmo. A ação de marketing pode receber cem pessoas por dia. Uma pulseira indica o horário do salto.
A galera jovem também alimenta filas atrás de um game de dança na Casa Coca-Cola, onde é possível tirar foto com a tocha, além de apreciar uma exposição sobre a Olimpíada.
O boulevard é uma iniciativa da prefeitura e de seis patrocinadores, mas ninguém quer falar de investimentos.
Ao mesmo tempo em que as pessoas desfrutam de um cardápio variado de atrações, uma pergunta orbita aquele universo festivo: será que ele irá sobreviver pós-Jogos?
"Isso aqui era um lugar abandonado, sujo, perigoso, que ninguém queria nem saber de olhar", conta o aposentado Moisés Ferraz, com a experiência acumulada em 93 anos. "Nós não podemos abandoná-lo depois da festa", frisa, com o suor escorrendo pelo rosto, lamentando a falta de sombra no local.
Nestes dias de Jogos, o Boulevard tem recebido cerca de 80 mil pessoas por dia.
Espalhados, seis telões transmitem os jogos. Diariamente, há shows de música em três palcos. Um deles promove encontros de astros da MPB. "É um ambiente seguro, onde é possível fazer um passeio pela diversidade musical do Brasil: do rock ao maracatu", elogia Luiz Moreaux, 43, músico. Desde terça, o caldeirão sonoro engrossou: blocos e escolas de samba se encontram na praça 15, botando o mundo para sambar.
Torcedores ingleses gritam por Jia Liu, Austríaca do tenis de Mesa.
Um dos espaços mais disputados para selfies é a chamada "pira do povo". Criada pelo americano Anthony Howe, famoso pelos trabalhos que se movem ao sabor do vento, a estrutura cinética compõe o cenário da pira olímpica, que ficará ao lado da igreja da Candelária até o encerramento dos Jogos.
"Está linda, como toda a maquiagem que aplicaram no Rio para turista ver", ironiza a assistente social Cleide Martins, 39. "Tomara que não seja mais um balão de ensaio. Que a grana toda que gastaram deixe algum legado", diz.
Com chapéu na cabeça e usando camisa de manga longa, o filipino Asmui Fnu, 43, pingava suor, após percorrer o mural Etnias, homenagem aos cinco continentes, do artista Eduardo Kobra, que mede 2.500 m². Depois, foi conferir as fotos do francês JR, para o projeto Inside Out, que registra rostos de pessoas que vieram para a Olimpíada.
Parou, então, em um dos 50 food trucks, onde recompôs a energia com um hambúrguer. A dez passos dali, buscou uma bebida, que só se encontra nos stands de patrocinadoras. Aí a coisa azedou. "Cadê o banheiro?"
Um policial militar, que costuma usar o toalete de um estacionamento na região, apontou para o outro lado do painel. Ao refazer o trajeto, Fnu teve mais uma surpresa: o banheiro estava fechado. Faltou luz, problema que os organizadores dizem ter solucionado. Após queixas, informam que aumentaram em 20% o número de banheiros.
Paulo Eduardo Costa, 19, coordenador de eventos, depois de tomar quatro garrafinhas de água, segurava a onda, quando quase perdeu a concentração. Caminhando ao lado da ilha das Cobras, foi surpreendido: nas águas poluídas da baía de Guanabara, peixes saltavam em série, descrevendo um sincronizado balé aquático.
Encantado com a cena bucólica e relaxante, quase esvaziou a bexiga ali mesmo.


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