Advogado acusa página de rede social de postar foto e gerar boato.
De acordo com familiares de Fabiane, após as agressões, ela sofreu traumatismo craniano e foi internada em estado crítico no Hospital Santo Amaro, também em Guarujá. Minutos após a agressão, a Polícia Militar chegou a isolar o corpo de Fabiane acreditando que ela estava morta após o espancamento. Na manhã desta segunda-feira, porém, a família recebeu a informação de que Fabiane não resistiu aos ferimentos e morreu.
"Foi uma crueldade. Isso não se faz com uma pessoa. É muita maldade o que fizeram com a minha irmã", lamenta Lediane de Jesus Ribeiro, irmã de Fabiane. Também na porta do hospital, um dos primos dela confirmou a versão de que Fabiane foi agredida depois de boatos na internet. "Tudo começou com um boato. Divulgaram fotos no Facebook, onde várias pessoas tem acesso diariamente. Disseram que essa pessoa da foto parecia com a minha prima, mas não tinha nada a ver com ela. Mesmo que fosse, pela brutalidade que foi feito, não justifica. Mataram ela, deram pauladas, jogaram bicicleta, amarraram, arrastaram. Essas pessoas não podem viver na sociedade. Elas tem que viver excluidas da sociedade, presas, dentro de uma cela", reclama o Eduardo Ribeiro, primo de Fabiane.
O espancamento aconteceu no bairro Morrinhos no início da noite deste sábado (3). A mulher foi amarrada e agredida e, segundo testemunhas que acompanharam a agressão, os moradores afirmavam que a mulher havia sequestrado uma criança para realizar trabalhos de magia negra. O caso foi registrado na Delegacia Sede de Guarujá, onde será investigado. Até o momento, ninguém foi preso. A polícia está analisando as imagens da agressão e busca identificar os envolvidos no caso.
O G1 entrou em contato com o Guarujá Alerta, página responsável pela divulgação do material. Segundo os administradores da página, o Guarujá Alerta sempre alertou os seguidores de que a situação era apenas um boato. A página assume que publicou um retrato falado semelhante ao da vítima, foto que foi removida algumas horas depois. Os administradores afirmam que a página vem sendo alvo de perseguição política, já que faz graves denúncias sobre a cidade. O Guarujá Alerta afirma ainda que está aberto para qualquer esclarecimento judicial e se compromete a pedir uma perícia técnica para comprovar que nada foi apagado da página do Facebook.
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