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terça-feira, 21 de maio de 2013

A VIDA DE CHORÃO, DO CHARLIE BROWN JR.



Veja 15 fatos marcantes sobre a vida de Chorão, do Charlie Brown Jr.


Chorão fundou o Charlie Brown Jr. em 1992. Como o único integrante que permaneceu na banda, ele viu a banda vender 5 milhões de cópias em nove álbuns de estúdio, dois ao vivo, duas coletâneas e seis DVDs. 


Apesar de ter nascido em São Paulo, Chorão adotou Santos desde a adolescência e criou o Charlie Brown Jr. na cidade. O apelido veio das turmas de skate, quando amigos diziam que ele ficava apenas olhando e chorando.

De 97, o primeiro álbum da banda do Charlie Brown Jr. Transpiração Contínua Prolongada vendeu 250 mil. Com músicas que faziam conexão imediata com a linguagem das ruas. Entre os hits estão O Coro vai Comê, Proibida pra Mim, Tudo que Ela Gosta de Escutar, Quinta-feira e Gimme o anel.



Chorão largou a escola na sétima série, mas sua inteligência sempre foi considerada prodigiosa, tanto em sua habilidade para escrever letras, quanto para os negócios.

O músico tinha fama de brigão. Em 2004, Chorão deu um soco em Marcelo Camelo, do Los Hermanos, na sala de desembarque do Aeroporto de Fortaleza. Em 2009, brigou com uma aeromoça e foi expulso do avião. 

Como empresário, Chorão fundou uma marca de skate, a DO.CE, em 2009, e esteve por trás de eventos de skate no Brasil. Em 2006, em Santos, montou o Chorão Skate Park. 



Além de letrista, Chorão também dava as cartas na direção artística e executiva da banda. Em 2005, Tâmo Aí na Atividade levou o Grammy Latino de melhor álbum de rock brasileiro. Cinco anos depois, a banda voltou a repetir o feito com Camisa 10 Joga Bola Até na Chuva.

No começo da banda, Chorão dizia que o Jr. referia-se ao fato de serem "filhos" de uma geração de bandas como Raimundos, Nirvana, Red Hot Chili Peppers, Nação Zumbi e Planet Hemp. A sonoridade vinha das influências de Sublime, Bad Brains, 311, e outras bandas que misturavam hardcore, skate e reggae.

O "descobridor" da banda foi Rick Bonadio, famoso pelo trabalho com os Mamonas Assasinas, então presidente da Virgin Records no Brasil e "Midas" do rock, pop e hip hop desde os anos 90. Rick recebeu uma fita demo da banda, botou fé nos caras e os contratou. 

Entre 1999 a 2006, Te Levar bombou como tema de Malhação, da Rede Globo, e levou a banda ao mainstream. A parceria de Chorão com Sabotage em Cantando pro Santo, em 2007, devolveu a credibilidade do grupo com o circuito underground e chegou a merecer elogios dos criteriosos Racionais MCs.

Em 2007, O músico mostrou outra faceta, como roteirista do filme O Magnata, com direção de Johnny Araújo. Com toque autobiográficos, fez sucesso entre os fãs, mas não foi muito longe nas bilheterias.



O disco ao vivo Música Popular Caiçara, do ano passado, teve a volta de Marcão e Champignon, da formação clássica, à banda. Eles haviam deixado o grupo em 2005. Com produção de Liminha, a faixa Céu Azul fugiu do esquema e foi registrada em estúdio. 

Santista fanático, Chorão sempre esteve presente nos jogos do Peixe. Na volta de Robinho, em 2010, ele cantou a música Tamo aí na Atividade.

Em 2012, Chorão brigou no palco com o baixista Champignon e o acusou: "Você voltou por dinheiro, não pra tocar no Charlie Brown Jr." Logo em seguida, fizeram as pazes. 

A banda estava em férias desde o último show em Camboriú, Santa Catarina, no dia 28 de janeiro. A próxima apresentação seria em 22 de março, no Rio de Janeiro, em Campo Grande. 

Muita gente pode torcer o nariz, mas Chorão era um poeta. O vocalista e compositor encontrado morto na manhã desta quarta-feira (6) não era destes que escrevem versos bonitinhos, com rimas ricas, efeitos pirotécnicos e conceitos muito elaborados. Era um cara em conexão com as ruas.
Escrevia e cantava como se fala por aí. A simplicidade era sua arma e ser simples é muito difícil. É preciso saber o que se está fazendo, se dedicar, se por integralmente a serviço de uma missão. A de Chorão era espalhar a rebeldia. Como dizia o poeta surrealista André Breton: “A revolta e somente a revolta é criadora de luz. E esta luz não pode tomar senão três caminhos: a poesia, a liberdade e o amor”.

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